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segunda-feira, 6 de abril de 2015
segunda-feira, 26 de maio de 2014
O Casulo de Aço*
Carros distorcem nossas percepções de tempo e espaço. Eles agem
como extensões portáteis do abrigo oferecido pelas nossas casas,
anestesiando-nos quanto à realidade da distância viajada, e cegando-nos
para a topografia através da qual viajamos.
Usando uma quantidade enorme de energia, os carros reduzem os esforços físicos requeridos para nos movermos pelo mundo a não mais do que um movimento do pé e uma virada do pulso; um esforço físico quase comparável a trocar o canal da televisão ou navegar na internet.
Os carros também nos isolam da realidade das condições do tempo. Vento a favor ou vento contra não têm significado dentro de um carro. Chuva é apenas uma inconveniência. Temperaturas congelantes requerem apenas um ajuste no botão do termostato. Experimentar uma tempestade de dentro de um carro é como assistir um filme sobre a natureza em um Home Theater climatizado e confortável.
Andar de bicicleta, por outro lado, nos faz mais intimamente conscientes das nuances da paisagem e da energia requerida para cobrir determinada distância. Pedalar nos tira do útero sedentário de conforto e conveniência proporcionado pelo automóvel e nos submerge no mundo real e perceptível de mau tempo, subidas, fumaça de escapamento, cães latindo, odores naturais, e belos pôres-do-sol.
Dirigir um carro é tão fácil que torna praticamente desnecessário pensar se devemos ou não realizar um trajeto. Pedalar, por outro lado, requer um esforço bem definido, e consequentemente estimula o planejamento e a eficiência. O ciclismo, pela própria natureza, pune o desperdício de energia.
Nós pagamos um preço pesado pela conveniência oferecida pelo automóvel. Dependência de petróleo, aquecimento global, fumaça, acidentes de trânsito, e muitos outros problemas são todos uma parcela de nosso desejo de extender nosso conforto além de nossas casas dirigindo nossos carros. A pergunta é: Vale mesmo à pena? E se não, o que vamos fazer a respeito?
*Tradução da postagem “The Steel Cocoon”, publicada em http://www.ecovelo.info/2008/06/12/the-steel-cocoon/
fonte: http://vadebici.wordpress.com/
Usando uma quantidade enorme de energia, os carros reduzem os esforços físicos requeridos para nos movermos pelo mundo a não mais do que um movimento do pé e uma virada do pulso; um esforço físico quase comparável a trocar o canal da televisão ou navegar na internet.
Os carros também nos isolam da realidade das condições do tempo. Vento a favor ou vento contra não têm significado dentro de um carro. Chuva é apenas uma inconveniência. Temperaturas congelantes requerem apenas um ajuste no botão do termostato. Experimentar uma tempestade de dentro de um carro é como assistir um filme sobre a natureza em um Home Theater climatizado e confortável.
Andar de bicicleta, por outro lado, nos faz mais intimamente conscientes das nuances da paisagem e da energia requerida para cobrir determinada distância. Pedalar nos tira do útero sedentário de conforto e conveniência proporcionado pelo automóvel e nos submerge no mundo real e perceptível de mau tempo, subidas, fumaça de escapamento, cães latindo, odores naturais, e belos pôres-do-sol.
Dirigir um carro é tão fácil que torna praticamente desnecessário pensar se devemos ou não realizar um trajeto. Pedalar, por outro lado, requer um esforço bem definido, e consequentemente estimula o planejamento e a eficiência. O ciclismo, pela própria natureza, pune o desperdício de energia.
Nós pagamos um preço pesado pela conveniência oferecida pelo automóvel. Dependência de petróleo, aquecimento global, fumaça, acidentes de trânsito, e muitos outros problemas são todos uma parcela de nosso desejo de extender nosso conforto além de nossas casas dirigindo nossos carros. A pergunta é: Vale mesmo à pena? E se não, o que vamos fazer a respeito?
*Tradução da postagem “The Steel Cocoon”, publicada em http://www.ecovelo.info/2008/06/12/the-steel-cocoon/
fonte: http://vadebici.wordpress.com/
quinta-feira, 22 de maio de 2014
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